terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Lula com recorde de popularidade

Em duas pesquisas divulgadas ontem, presidente e seu governo conseguem índices de aprovação acima dos 70% que os avaliam como ótimo ou bom. Medidas contra crise explicam desempenho

A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua a crescer apesar da crise financeira mundial. Ontem, ele bateu dois recordes em duas pesquisas diferentes. Na CNT/Sensus, a avaliação positiva do governo chegou a 71,1% e o desempenho pessoal do presidente, a 80,3%. A pesquisa do Ibope para a Confederação Nacional da Indústria (CNI) confirmou a tendência. A aprovação do governo alcançou 73% e a de Lula, 84%. São os números mais altos registrados nas séries históricas dos dois institutos.

Isso não significa que os brasileiros estejam alheios à crise econômica. Segundo o Ibope, 75% dos entrevistados sabem que ela existe. No levantamento do Sensus, o contingente chega a 83,5% e apenas 10,3% dos brasileiros ouvidos acreditam que o país sairá ileso dessa turbulência econômica.

Dois motivos explicam a popularidade crescente de Lula. O primeiro é que a população acredita que o governo está tomando as medidas corretas na economia. De acordo com o Ibope, 62% classificam a atuação de Lula contra a crise como boa ou ótima e 25% como regular. Apenas 5% acham que o governo vem sendo ruim ou péssimo na condução do assunto. “O discurso do presidente Lula vem funcionando e a população deu a ele um crédito de confiança. Mas, se as medidas derem errado, a conta será alta”, diz Ricardo Guedes, do Sensus.

O outro motivo é que os brasileiros podem estar menos otimistas, mas continuam confiantes. Para 65,4% dos entrevistados pelo Sensus, o ano que vem será melhor que 2008. Outros 17,7% acham que nada vai mudar e só 12,4% temem que a vida piore.

A pesquisa CNI/Ibope foi realizada entre os dias 5 e 8 de dezembro, em 141 municípios. Foram ouvidas 2.001 pessoas, e a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos. Já a CNT/Sensus ouviu 2.000 pessoas em 136 municípios entre os dias 8 e 12 de dezembro. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais.

SUCESSÃO
O levantamento da CNT/Sensus traçou também cenários para a eleição presidencial de 2010. E a pesquisa mostra que quase metade dos brasileiros nunca ouviu falar da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, apesar de sua presença constante no noticiário e ao lado do presidente Lula. Em todos os cenários eleitorais para 2010, havia três candidatos: um tucano, alternando os governadores Aécio Neves e José Serra (SP), a ex-senadora Heloísa Helena (PSOL) e um nome do governo: Dilma, o deputado Ciro Gomes (PSDB), o ministro Patrus Ananias e a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy.

O desempenho da ministra não chega a ser um destaque. Ela ficou em terceiro lugar nas duas simulações na qual foi incluída. Com Serra no cenário, o tucano lidera, com 46,5% dos votos. Heloísa Helena teria 12,5% e Dilma 10,4%. Se o candidato do PSDB for Aécio, ele teria 25,3%, contra 19,1% da candidata do PSOL e 12,9% da ministra da Casa Civil

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