Morreu, às 16h30, deste sábado (17), em Salvador, a escritora Zélia Gattai, aos 91 anos. Internada desde 31 de março deste ano, no Hospital da Bahia, ela estava sendo mantida sedada e em regime de ventilação mecânica.O quadro clínico da viúva do escritor Jorge Amado (1912 - 2001) se agravou na última semana. Na manhã deste sábado, os médicos chegaram a divulgar um boletim dizendo que o estado de Gattai era gravíssimo, apresentando quadro clínico de choque circulatório irreversível.
No ano da morte de Jorge Amado, em 2001, a escritora foi eleita membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), para cadeira anteriormente ocupada por Amado, que teve Machado de Assis como primeiro ocupante e José de Alencar como patrono.
Filha de imigrantes italianos, Zélia Gattai participou, na adolescência, com a família, do movimento político-operário anarquista. Sua estréia tardia na literatura, em 1979, reflete essa época. "Anarquistas, graças a Deus", ao completar quase trinta anos da primeira edição, já contava mais de duzentos mil exemplares vendidos no Brasil.
Sua obra é composta de nove livros de memórias, três livros infantis, uma fotobiografia e um romance. Alguns de seus livros foram traduzidos para o francês, o italiano, o espanhol, o alemão e o russo.
Fonte portal UAI
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Um comentário:
Grande Marcus...
Em um dia de tristeza para o mundo das letras. A nossa Zélia Gattai deixa o mundo dos viventes para se juntar-se a Jorge Amado na avenida dos sonhos. Sem dúvidas esse é um espaço de afirmação da democracia nos meios de comunicação do espaço virtual. Suas análises precisas sobre os fatos políticos e sociais do Brasil e no exterior têm ajudado a consolidar a construção de uma leitura mais séria sobre o cenário de disputas pelo poder. As críticas são pertinentes e válidas. O que pra mim é a prova mais clara de lucidez de um verdadeiro amante da política. Parabéns e estrelas.
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